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Condições gerais das cozinhas interferem na educação sim

 

Certamente na correria em que estamos presos no nosso cotidiano escolar não temos tempo de pensar com atenção nos outros setores de nossas unidades escolares.
Entendemos que a escola é um aparelho que precisa estar azeitado para que o processo pedagógico se desenvolva satisfatoriamente. Qualquer sindicato da área de educação tem o entendimento que a escola não pode ser local de improvisos e que por mais que a escola seja um local dinâmico, o improviso é extremamente estressante quando se torna rotina em qualquer profissão.
Acreditamos que o caminho da qualidade do ensino é ligada a condições estruturais que possibilitam ao planejamento. Sem condições físicas, o planejamento tende a ficar no papel e quando é parcialmente satisfatório é por causa do esforço do corpo docente e comunidade e não pela competência do sistema escolar.
Todos sabem que a nossa cidade tem recursos para dar um salto de qualidade e ter uma das melhores redes de educação pública do Brasil, mas falta algo evidentemente e esse algo passa pela discussão sincera de como são gastos os recursos. Muita gente diz que a gestão municipal tem sido gastadeira em relação à educação, mas esses gastos não podem ser vistos na escolas.
Podemos ver como exemplo de improviso a condição geral das cozinhas da rede municipal. A gestão municipal não tem como melhorar mesmo o que existe hoje? As condições de trabalho das cozinheiras são insalubres: panelas pesadas, ambientes sem ventilação e muito quentes.
A legislação determina que começando dos 30° graus os trabalhadores devem receber o adicional por insalubridade, porém as firmas terceirizadas não pagam esse direito as trabalhadoras das cozinhas e isso compromete a todo desenvolvimento pedagógico da rede .

Cuidado com incêndios.

Retirados os fundamentos de um blog que trabalha a segurança nas cozinhas das escolas*.

1. Conheça a localização dos extintores de incêndio.
2. Use o tipo correto de extintor.
3. Mantenha sal e bicarbonato de sódio à mão para apagar pequenos incêndios.
4. Mantenha coifas e fogões limpos e livres de gordura.
5. Fume apenas nas áreas permitidas.
6. Em caso de fogo, desligue todas as entradas de gás e equipamentos elétricos.

Como ter um local seguro de trabalho:

1. Boa manutenção de equipamentos e utensílios.
2. Iluminação adequada.
3. Chão não escorregadio.
4. Saídas claramente sinalizadas.
5. Sensores de fogo por temperatura (spinklers)
6. Extintores corretamente posicionados e carregados.
7. Telefones de emergência à mão em local de boa visibilidade.
8. Rotas de trabalho livres e desimpedidas.
9. Organização geral.
10. Boa ventilação (ar limpo).

Levando tudo isso em conta e ainda o fato das cozinheiras serem moradoras necessariamente  da cidade, porque precisam chegar  6:00 da manhã nas escolas . O gestor municipal não se preocupa com o morares fora da época de votos . É sugestão nossa que o município sinalize para as empresas terceirizadas que é importante que eles reconheçam os direitos das trabalhadoras e peguem o adicional que elas merecem . Vale lembrar que os membros do governo responsáveis por administrar a cidade fizeram carreira com uma trajetória socialista e agora precisam mostrar agora se ao menos simpatizam com essas teorias .

*Escola de cozinha.

 

Certamente na correria em que estamos presos no nosso cotidiano escolar não temos tempo de pensar com atenção nos outros setores de nossas unidades escolares.

As cozinheiras são moradoras de Duque de Caxias .

Violências na Escola Pública e sociedade

Há grande interesse dos jornais e da sociedade pelo problema da violência, mas pouco é dito da violência no ponto de vista de quem trabalha na escola pública. Acreditamos que o povo tem que saber as condições de trabalho dentro das escolas, não vamos falar de escolas quebradas, falta de água todos os dias, falta de material escolar ou da falta de dinheiro que o prefeito diz ter na cidade. Certamente tudo descrito anteriormente é uma forma de violência, porem o que estamos denunciando aqui é uma forma de violência que é muito difícil de aparecer nos jornais. O maior crime que está acontecendo em Duque de Caxias é deixar existir tanta miséria num município que é muito rico. O sindicato não está atacando ao prefeito e sim a toda politica de educacional feita para Duque de Caxias nos ultimos vinte anos . As consequências de uma educação má administrada por vários prefeitos nas últimas décadas resultam em estudantes que chegam rede estadual em condições precárias sem saber escrever um texto simples ou entender uma pequena noticia de jornal. Solicitamos ao prefeito que ele cumpra a promessa de tirar Caxias do atraso social. Vejam que descrevemos a violência na cidade e na escola como uma das faces da pobreza, ela entra nesse texto como consequência da falta de política educacional nos últimos governos municipais e estaduais. Não havendo real investimento no conceito de escola pública não vai haver mudança real. E a quem interessa a situação da educação? Aos pobres de espírito é claro, que se perpetuam no poder usando da miséria da população. Eles até aceitam dar um pouco de instrução para o povo, mas só o suficiente para arrumar um emprego que dá o mínimo para não morrer de fome e assim aparecem os políticos profissionais como padrinhos oferecendo facilidades, benefícios e outras migalhas que o estado cria para conter a violência social. Não é nenhum absurdo seguir essa lógica e chegarmos a conclusão que eles ajudam a perpetuar a pobreza se dizendo bem feitores, arranjando vagas para crianças nas creches e escolas públicas ou precariamente dando tratamento nos seus centros sociais e muitas vezes não possuem nem mesmo o centros, apenas uma ambulância que carrega pessoas para os hospitais. Um cara desses nunca vai querer mudar nada na saúde ou na educação. Nós precisamos explicar isso aos pais e buscar condições e métodos de popularizar a política, dar a essa palavra que hoje é maldita um significado melhor do que é dado atualmente. Não havendo real investimento, não haverá mudança real.